Quer começar a investir? Então isso é para você

Você já pensou em investir, mas logo desistiu achando que isso é coisa de quem tem muito dinheiro? Pois saiba que esse é um dos maiores mitos que ainda impede milhares de brasileiros de darem o primeiro passo rumo à independência financeira. A verdade é que nunca foi tão acessível começar a investir – mesmo com pouco. Se você quer sair da poupança, mas não sabe por onde começar, esta coluna é para você.

O primeiro passo, antes de qualquer investimento, é organizar sua vida financeira. Parece básico, mas muita gente pula essa etapa e acaba se enrolando. É importante saber exatamente quanto você ganha, quanto gasta e onde pode economizar. Se estiver endividado, especialmente com dívidas caras como cartão de crédito ou cheque especial, o ideal é quitá-las antes de pensar em investir.

Depois disso, o próximo objetivo é montar uma reserva de emergência. Esse é o colchão de segurança para situações inesperadas, como uma demissão, problemas de saúde ou despesas urgentes. A recomendação geral é guardar o equivalente a três a seis meses do seu custo de vida. Por exemplo, se suas despesas mensais são de R$ 2 mil, sua reserva ideal deve ficar entre R$ 6 mil e R$ 12 mil. Esse dinheiro deve estar aplicado em investimentos seguros e de alta liquidez, como o Tesouro Selic ou CDBs de liquidez diária que paguem pelo menos 100% do CDI.

Agora, se você está se perguntando “mas eu não tenho tudo isso guardado!”, não se preocupe. Dá para começar com pouco. Com R$ 30, R$ 50 ou R$ 100 já é possível investir em diversas plataformas digitais. O importante é começar — e manter a constância. Investir deve virar um hábito, como pagar uma conta mensal.

Conhecer os tipos de investimento também faz parte do processo. Na renda fixa, você encontra opções mais seguras e estáveis, como Tesouro Direto, CDBs, LCIs e LCAs. São indicados para quem está começando e quer entender como o mercado funciona sem correr muitos riscos. Já a renda variável, como ações e fundos imobiliários, oferece maior potencial de retorno, mas também oscilações. É uma boa alternativa para objetivos de longo prazo, desde que você esteja preparado para as variações do mercado.

Também existem os fundos de investimento, que funcionam como uma “vaquinha” entre investidores. Um gestor profissional cuida da aplicação do dinheiro, o que pode ser interessante para quem quer diversificar, mas não tem tempo para acompanhar o mercado diariamente.

Independentemente da escolha, o mais importante é investir com objetivos claros. Quer viajar no fim do ano? Trocar de carro em três anos? Ou se aposentar com tranquilidade daqui a 30 anos? Cada meta tem um tipo de investimento mais adequado em termos de risco e prazo. Quanto mais tempo você pode deixar o dinheiro investido, maior pode ser a rentabilidade — e o risco assumido.

Evite os erros mais comuns de quem está começando. Não invista em algo que você não entende. Fuja de promessas de lucros fáceis ou “investimentos milagrosos” que aparecem em redes sociais. E nunca coloque todo o seu dinheiro em um único tipo de aplicação. A diversificação é a chave para proteger seu patrimônio e aumentar suas chances de bons resultados. Além disso, invista com frequência. A disciplina, muitas vezes, importa mais do que o valor.

Por fim, escolha uma boa corretora. Hoje, há diversas opções confiáveis, sem taxas de corretagem para renda fixa e com ótimos aplicativos. Verifique se a empresa é autorizada pela CVM e pelo Banco Central e prefira aquelas que oferecem educação financeira e bom atendimento.

Em resumo: investir não é um bicho de sete cabeças, nem um privilégio de quem ganha muito. Com pouco dinheiro, disciplina e informação, qualquer pessoa pode começar hoje mesmo a construir um futuro mais tranquilo. Lembre-se: o melhor momento para começar a investir foi ontem. O segundo melhor é agora.

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