Três turnos, um coração só: a rotina de quem corre contra o tempo

Não é fácil ser atleta amador no Brasil. Mas tem gente que faz isso em condições ainda mais difíceis.

Gente que acorda antes das 5h da manhã, encara o transporte público, trabalha em pé o dia todo, cuida da casa, dos filhos e ainda assim encontra um jeito de treinar.

Mesmo cansado. Mesmo sem tempo. Mesmo com tudo contra.
Esses são os verdadeiros heróis do esporte amador.

É claro que eu também tenho meus desafios. Mas eu reconheço um ponto importante: a minha realidade é mais leve do que a da maioria. Eu não sou CLT, eu trabalho com o que amo, com horários mais flexíveis. Tenho cinco horas de almoço dá pra treinar com calma.
Minhas filhas não moram comigo então meu tempo é diferente do de muitos pais e mães que vivem em modo correria 24 horas por dia.

Por isso, essa coluna de hoje é dedicada a quem carrega três turnos nas costas e ainda encontra forças pra sonhar. Ao pai que treina depois que o filho dorme. À mãe que corre empurrando o carrinho. Ao trabalhador que treina no horário do almoço, muitas vezes sem nem ter almoçado. Ao estudante que encara um longão depois de uma noite virada estudando. A você, que não é atleta profissional, mas tem postura de campeão todos os dias.

Você não precisa correr rápido. Não precisa fazer pódio. Só precisa continuar. Porque toda vez que você escolhe o movimento em vez da desistência, você já está vencendo. Você já está inspirando.

Se eu me mantenho firme nos treinos, é porque vejo a força dessas pessoas. É por elas e com elas que eu sigo. O esporte não é feito só de quem chega na frente. Ele é feito, principalmente, de quem nunca para de tentar.⸻

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