Oi, mulher!
Posso te pedir um minutinho da sua atenção? Essa conversa aqui é pra você, pra sua vizinha, pra sua amiga, pra sua mãe. É para todas.
Porque, infelizmente, muitas ainda acham que violência contra a mulher só acontece quando tem tapa, soco, empurrão. Mas não é só isso, viu?
A Lei Maria da Penha LEI Nº 11.340, DE 7 DE AGOSTO, que está em vigor desde 2006, é muito clara: violência doméstica pode ser física, sim, mas também pode ser psicológica, moral, sexual e até patrimonial. E é sobre a violência psicológica que eu quero falar com você hoje.
Você já ouviu alguém dizer:
- “Você é louca, tá inventando coisa.”
- “Ninguém mais vai te querer.”
- “Você não serve pra nada.”
- “Tá gorda demais.”
- “Se eu te largar, você morre de fome.”
- Ou simplesmente ser tratada com desprezo, ignorada como se não existisse?
Se sim, pare agora e reflita: isso é uma forma de abuso!
Não precisa de roxo no braço pra ser violência. O que te faz chorar escondida no banheiro, se sentir menor, sem valor, com vergonha de quem você é… isso também dói. E isso também é violência.
Mas o que diz a lei?
A Lei Maria da Penha protege as mulheres em situações de violência dentro do ambiente familiar, afetivo ou doméstico. Ela vale mesmo que vocês não sejam casados no papel, mesmo que morem juntos ou tenham apenas um relacionamento. E sim, vale também para ex.
Vou te explicar o que é Violência psicológica: violência psicológica é quando ele tenta controlar sua vida, te humilha, te ameaça, te isola da família e dos amigos, ou faz você duvidar da sua própria sanidade. Isso é grave e tem consequências reais, como depressão, ansiedade e até pensamentos suicidas.
O que fazer? Onde buscar ajuda?
Primeiro: não se cale! Não ache que está exagerando. Você não está sozinha, e você merece respeito.
Aqui estão alguns caminhos que você pode pedir ajuda:
Ligue 180 — É a Central de Atendimento à Mulher. Funciona 24h por dia, inclusive fins de semana e feriados. Atendem de forma sigilosa, escutam seu relato e orientam como proceder, a ligação é gratuita.
Delegacia da Mulher — Leve tudo o que puder: prints de mensagens, áudios, testemunhas. Se não houver uma Delegacia da Mulher na sua cidade, vá à delegacia comum. A denúncia pode ser feita por você ou por qualquer pessoa que testemunhar o abuso.
Medida protetiva — Você pode pedir à Justiça que ele seja afastado da sua casa, do seu trabalho, ou proibido de se aproximar. Isso é um direito seu, caso tenha dúvidas ainda de como proceder, procure um advogado de sua confiança.
CRAS ou CREAS (assistência social) — Existem serviços sociais em muitos bairros que podem te acolher, te orientar, te acompanhar com psicólogos e até te ajudar com abrigo temporário.
Por que falar sobre isso?
Porque o silêncio mata. Muitas mulheres sofrem caladas por anos, acreditando que aquilo é normal, que é só uma fase ou que o problema está com elas. Mas não está. O problema é o ciclo de violência, e ele só acaba quando você quebra ele.
Não espere virar notícia. Não ache que é preciso “provar” a dor pra ser levada a sério. A sua saúde emocional importa. O seu bem-estar importa. Você importa.
Se essa mensagem te tocou de alguma forma, compartilha. Às vezes, uma palavra pode ser o empurrãozinho que alguém precisa pra se libertar. E se você está vivendo isso agora, saiba: você tem direito à paz, ao amor e ao respeito. Sempre, porque VOCÊ IMPORTA!