Uma força-tarefa nacional cumpre, nesta quinta-feira, 28 de agosto, mandados de busca, apreensão e prisão em diversas cidades do país, incluindo Itapetininga, nas regiões de Sorocaba e Jundiaí. A ação investiga um esquema bilionário de adulteração e fraude no setor de combustíveis, ligado a integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC).
Denominada Carbono Oculto, a operação envolve cerca de 1,4 mil agentes das Polícias Civil, Militar e Federal, Ministério Público Estadual e Federal, Receita Federal e Secretaria da Fazenda paulista. Mais de 350 pessoas estão sob investigação e a Justiça deve bloquear aproximadamente R$ 7,6 bilhões em bens.
As ordens judiciais são cumpridas em São Paulo, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Paraná, Rio de Janeiro e Santa Catarina. No estado de São Paulo, há alvos em Itapetininga, Sorocaba, São José do Rio Preto, Campinas, Piracicaba, Ribeirão Preto, Bauru e capital.
As investigações apontam adulteração de combustíveis em mais de 300 postos, com irregularidades na qualidade e na quantidade vendida. Também foram constatadas fraudes fiscais, uso irregular de metanol importado e ameaças de morte contra proprietários que resistiam ao esquema.
Segundo o Ministério Público, os recursos ilícitos eram ocultados por meio de empresas de fachada, fundos de investimento, fintechs e aquisição de usinas e distribuidoras. O objetivo da operação é interromper o financiamento da facção e recolher provas para ampliar a responsabilização dos envolvidos.