A Polícia Civil informou que a menina de cinco anos encontrada morta em Itapetininga era agredida com frequência pela mãe e pelo padrasto. O casal, identificado como Luiza Aguirre Barbosa da Silva e Rodrigo Ribeiro Machado, foi preso e confessou o crime. Eles devem responder por homicídio e ocultação de cadáver.
De acordo com o delegado Franco Augusto, responsável pela investigação, o corpo de Maria Clara Aguirre Lisboa foi localizado no quintal da casa onde o casal morava. Segundo a polícia, os suspeitos demoraram cerca de dois dias para enterrar a vítima e concretaram o local para esconder o crime.
Durante o interrogatório, os dois relataram que a criança “atrapalhava” a rotina do casal e admitiram que descontavam nela frustrações pessoais. A polícia apreendeu uma rebitadeira com vestígios de sangue, que teria sido usada nas agressões.
A perícia apontou que o corpo estava enterrado havia aproximadamente 20 dias. A investigação começou após uma denúncia da avó paterna ao Conselho Tutelar, que informou o desaparecimento da menina. Inicialmente, a polícia não trabalhava com a hipótese de homicídio.
Luiza e Rodrigo foram detidos na terça-feira, 14 de outubro, e levados à delegacia, onde confessaram o crime. A Polícia Civil também apura a eventual participação dos pais de Rodrigo, proprietários do imóvel onde o corpo foi encontrado.
Em nota, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) informou que a Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Itapetininga solicitou exames ao Instituto de Criminalística (IC) e ao Instituto Médico Legal (IML). A Justiça autorizou a prisão temporária dos suspeitos, e as diligências seguem para o esclarecimento total do caso.
