Essa semana venho abordar um tema polêmico. Hoje não muito porém ainda há resistências por parte de algumas pessoas na sociedade em lidar com a situação. As baladas liberais vem crescendo em quantidade de frequentadores e principalmente opções de espaços para serem compartilhados entre seus frequentadores. Já imagina o que seja? Se não vamos juntos entender como funciona o conceito, a dinâmica e todo o pano de fundo que rege esse entretenimento.
Muitos na noite tem uma frase: “Após a meia noite tudo rola sem censura e sem frescura…” Não necessariamente. No começo sim porém desde a metáde da última década para cá vem crescendo as opções diurnas não só de festas tradicionais quanto dessas liberais. Em outras palavras esse tipo de diversão consiste na exploração de desejo sexuais de forma mais explícita abordando fetiches, desejos reprimidos e comportamentos dos mais primitivos em busca do prazer. Dentro do recinto explora-se ao limite os prazeres carnais. Não é uma casa de prostituição mas um espaço onde há troca de casais de modo consensual. Há também os que exploram apenas conhecer essa filosofia sem precisar de fato praticar algo.
Como surgiu isso? As baladas liberais, também conhecidas como casas de swing, surgiram a partir de festas nos Estados Unidos na década de 1960. As festinhas liberais se tornaram uma indústria lucrativa em todo o mundo. Esses locais costumam ter salas coletivas onde vários casais promovem atos libidinosos consensuais ao mesmo tempo. Algumas delas permitem que as relações aconteçam no meio da festa. A popularização do termo “swing” (troca de parceiros entre dois ou mais casais) ocorreu na mesma velocidade do movimento de contestação aos valores morais de uma época marcada por padrões rígidos de conduta…. Nesses espaços há o CUCKOLD (Parceiro do sexo masculino que curte ver o cônjuge se relacionado com outra pessoa) CUCKQUEAN (Parceira do sexo feminino que sente prazer em ver o cônjuge se relacionando com outra pessoa), VOYEUR (Pessoa que assiste, para sua satisfação, às manifestações de sexualidade de outrem), as Hot Wife / Slut Wife (Esposas liberadas pelos cuckolds para terem atos sexuais com outros homens. O símbolo que as representam é uma tatuagem no corpo ou roupas com o nipe de Damas de Espadas). Há também os adeptos do BDSM (Bondage, Disciplina, Dominação, Submissão, Sadismo e Masoquismo) – É um conjunto de práticas sexuais consensuais que envolvem dominação, submissão, dor e prazer praticados com dominância feminina ou as vezes dominância masculina. Também há muitos adeptos pertencentes ao movimento LGBTQIAP+ que transitam nesses principais “atores e atrizes” do movimento liberal.
Qual o perfil que geralmente frequentam essas festas? Geralmente são pessoas com faixa etária entre 25 anos à 60 anos pertencentes na maioria das vezes as classes sociais A e B. Nos últimos anos a classe C também surge como consumidora desse tipo de entretenimento. Como surgiu esse movimento no Brasil? O pioneiro disso foi a casa de swing mais antiga de São Paulo e do Brasil, o Marrakesh Swing Club, localizado no bairro de Moema, na Zona Sul de São Paulo. Quando começou a funcionar em 1977 no bairro de Moema, o Marrakesh tinha uma vocação bem diferente da atual. Nos primeiros anos, era um bar romântico para encontros. No ambiente principal, havia vários sofás enfileirados e ocupados em sua maior parte por casais jovens de namorados, ao redor de uma pista de dança. Os garçons vinham atender as mesas munidos com pequenas lanternas para iluminar os cardápios, devido ao clima de penumbra. Com a chegada dos anos 1990 houve a transição em suas atividades, mais em específico no ano de 1997 como uma tendência estrangeiras oriundas dos Estados Unidos, Canadá e partes da Europa ocidental. O seu sucesso e localização (Próximo ao Shopping Ibirapuera) fez com que outros estabelecimentos surgissem no bairro. Moema ao pôr do sol e chegada das iluminações artificiais noturnas além de ser conhecido por um bairro regionalizado com boas opções de bares de rock, bares de jazz e algumas opções de música eletrônica também surge como o point dos swingers e adeptos do Ménage a trois (Expressão francesa que significa na tradução literal “homenagem à três” – Sexo entre três pessoas) – que geralmente cuckolds e cuckqueans aproveitam ao limite estas festas temáticas.
Como essas casas se atualizam para conquistar público? Elas funcionam como uma balada normal, contam com dj, bandas, pista de dança e bar com bebidas alcoólicas. O diferencial é o que acontece, normalmente, no fundo da festa ou no primeiro andar os atos sexuais. Esses ambiente não é bagunçado e quem opta por ter uma vida sexualmente liberal também possuem suas regras. Não é considerado traição o fato de o (a) parceiro (a) sair com outro ou outros, a menos que seja algo acordado entre o casal. É possível nesse meio até o (a) cônjuge “ajeitar” um (a) “namorado (a)” fixo para o (a) parceiro (a) para suas aventuras sexuais. Como funciona a geografia da maioria dessas casas? Os ambientes, conhecidos como labirintos, são um conjunto de salas usadas principalmente por casais para realizar fetiches sexuais, como troca de parceiros, ménage à trois e cuckold, por exemplo. Os espaços também costumam oferecer salas coletivas, onde diversos casais interagem sexualmente ao mesmo tempo. Com tantos quartos manjados nas festas, os frequentadores de swing afirmam que o diferencial fica por conta da estrutura ou das novidades apresentadas pelas casas. Tanto que os proprietários precisam constantemente encontrar saídas para abraçar as demandas esse mercado.
Palestra sobre swing
O proprietário do Spyce Club (Também localizado em Moema e também próximo ao shopping Ibirapuera) resolveu promover esporadicamente palestras comandadas por um famoso casal de swingers que são influencers na internet. Ambos apresentam por aproximadamente 2 horas as regras de uma casa de swing. O proprietário afirma que há pessoas – principalmente homens – que não entendem muito como as casas funcionam. Esses indivíduos acreditam que vai chegar e encontrar todo mundo nu e transando e a realidade contrasta com isso, afinal existe uma logística, argumenta o CEO da Spyce. Um dos motivos pelo qual os homens, se forem sozinhos ao swing, tendem a pagar 4 vezes mais caro que um casal. Geralmente a mulher, quando sozinha, muitas vezes entra de graça e os casais deparam-se com valores mais acessíveis, competitivos a de uma balada tradicional, finaliza. As palestras são gratuitas e acontecem antes da festa.
Swing não é bagunça e tem segurança
Outro característica que seduz que os swingueiros é a segurança que as casas têm. Os empresários do ramo prezam pelo respeito e segurança total dos casais. Segundo relatos as mulher atualmente são muito mais assediada em festas normais do que nas festas liberais. Conforme os frequentadores, staff e proprietários, os clientes dessas festas são mais conscientes. A regra do NÃO É NÃO existe e é respeitada nesses locais.
Se interessou sobre o assunto e queira frequentar essas festas seguem o site das principais casas. Algumas possuem instagram e serão postados aqui para aprofundarem melhor o conhecimento de vocês em relação a esse tipo de entretenimento. Vale ressaltar que é sempre bom acompanhar a programação de cada espaço. Atualmente há opções não apenas noturnas mas também diurnas. Em São Paulo o Swing não limita-se mais a Moema. Já algum tempo foi diversificado pela cidade. Há opções em Santo Amaro na Zona Sul, Tatuapé na Zona Leste e Perdizes na Zona Oeste:
MARRAKESH SWING CLUB: https://marrakesh.com.br/
ENIGMA CLUB: https://www.enigmaclub.com.br/
INNER CLUB: https://innerclub.com.br/ Instagram @innerclub.oficial
ASHA CLUB: https://ashaclub.com.br/ Instagram @sp.ashaclub
HOT BAR: https://www.hotbar.com.br/
CELEBRIDADE SWING CLUB: https://celebridadesw.com.br/
SCLUB SWING: https://www.sclubswing.com.br/
BAR BARCANTES SWING: https://barbacantes.com.br/
GA10 SWING: http://www.ga10.com.br/
DOMINATRIX (FETICHES): http://www.dominatrixaugusta.com/
Em SOROCABA há opções também. Segue os sites das casa em atividade na cidade:
LIV CLUB: https://casadeswingsorocaba.com.br/ Instagram @livclubsorocaba2
PALACE CLUB: https://www.palaceclub.com.br/ Instagram @palaceclubesorocaba
Espero que tenham tido uma excelente leitura… Até a próxima!