Cyberbullying uma ameaça real

Tornou-se muito comum encontrar situações na internet onde tudo se torna possível ou aceitável do ponto de vista da “liberdade” que as redes sociais tanto propagam, comentários escritos sem nenhuma concordância verbal, sem pontuações adequadas, uso de emojis e opiniões pessoais ácidas, cheias de ódio, infelizmente nos acostumados a ver isso em nosso cotidiano, porém a situação por vezes se torna criminosa que é o caso do tema da coluna de hoje, algo que existe mas não nos damos conta o famigerado “Cyberbullying”. O cyberbullying se tornou uma das formas mais preocupantes de violência contemporânea, especialmente por sua capacidade de alcançar as vítimas em qualquer hora e lugar. Do ponto de vista psicológico, trata-se de uma agressão sistemática e repetitiva que ocorre através de dispositivos digitais, envolvendo desde a disseminação de mensagens ofensivas e ameaças, até a criação de perfis falsos e exposição de informações pessoais. Este fenômeno transcende as paredes das escolas e acompanha jovens até seus ambientes mais íntimos e privados, gerando danos profundos à saúde mental e emocional. Pesquisas e experiências educacionais destacam que o cyberbullying traz consequências severas, tais como ansiedade, depressão, baixa autoestima e, em casos extremos, pode levar a automutilação e pensamentos suicidas. Psicologicamente, jovens vítimas deste tipo de violência frequentemente apresentam alterações comportamentais significativas, como isolamento social, mudanças bruscas no humor, queda de rendimento acadêmico e resistência para frequentar a escola. É essencial que pais e educadores estejam atentos a estes sinais como uma forma de intervenção precoce. Exemplos frequentes de cyberbullying incluem a publicação de fotos constrangedoras ou íntimas sem consentimento, comentários ofensivos em redes sociais, ameaças via mensagens privadas e a prática de “cancelamento” virtual, onde indivíduos são expostos a humilhações públicas coletivas. Além disso, a criação de grupos em aplicativos de mensagens especificamente para ridicularizar ou perseguir colegas é outro comportamento que agrava significativamente a experiência traumática das vítimas. Do ponto de vista educativo, lidar com o cyberbullying exige não apenas ações pontuais de combate, mas também um trabalho contínuo de conscientização. A Fundação de Apoio e Desenvolvimento à Cultura (FADC) reforça a importância da educação emocional e do desenvolvimento de competências digitais como estratégias eficazes para prevenir e combater o cyberbullying. Escolas devem promover uma cultura de respeito e empatia, além de desenvolver programas específicos para orientar os alunos sobre os riscos e consequências dessa prática. Entre as alternativas práticas de combate ao cyberbullying, destacam-se campanhas educativas permanentes, que abordem temas como o respeito às diferenças, ética digital e empatia online. Importante dizer que para que escolas adotem mecanismos claros de denúncia e protocolos eficientes para lidar com situações identificadas. Outra ação importante é a promoção de debates e palestras com psicólogos, pedagogos e especialistas em segurança digital, oferecendo aos alunos ferramentas para enfrentar e prevenir situações de cyberbullying. Portanto, é imprescindível que psicólogos e educadores trabalhem conjuntamente para identificar precocemente casos de cyberbullying e atuar de maneira preventiva, fortalecendo as vítimas e conscientizando os agressores sobre o impacto de suas ações. Somente assim será possível construir ambientes virtuais seguros e saudáveis para nossos jovens.

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