O exemplo começa em casa!

Estamos criando uma geração que aprende a comer mal antes mesmo de aprender a andar. Se os pais não mudarem, os filhos seguirão o mesmo caminho, ou estou errado ? É duro dizer isso, mas é a verdade!

Hoje, nas rodas de conversa, nas festas de família e até mesmo nos corredores da escola, o que mais se vê são crianças com sobrepeso, pais sedentários e famílias que se reúnem em torno da comida (não da saúde e nem do movimento).

As pessoas se arrumam para sair, mas não para caminhar. Se não tiver comida, ninguém aparece. E o exercício físico, cadê ? Vai ficando pra depois… depois… até que não dá mais tempo, como de costume.

Nos últimos cinco anos, a obesidade infantil no Brasil aumentou de forma alarmante. De acordo com o Ministério da Saúde, já em 2019, 14,8% das crianças brasileiras com menos de 5 anos estavam com sobrepeso, e 7% delas já eram consideradas obesas (Fonte: gov.br).

Mais recentemente, o Atlas Mundial da Obesidade 2024 trouxe um alerta ainda maior: em 2020, cerca de 34% das crianças e adolescentes brasileiros entre 5 e 19 anos estavam com sobrepeso ou obesidade. E a projeção é assustadora, se nada mudar, até 2035 metade dos jovens brasileiros estará nessa condição, ou seja, obesos mórbidos com zero qualidade de vida e perspectiva de melhora ou luz no fim do túnel. Mais de 20 milhões de crianças e adolescentes comprometendo a própria saúde antes mesmo de alcançar a vida adulta (Fonte: CNN Brasil).

E aí a gente se pergunta: onde estamos errando?

A resposta está no espelho. O que os filhos aprendem vem, em grande parte, do exemplo. Se o pai e a mãe passam o dia sentados, vivem cansados, recorrem a remédios e nunca têm tempo para se movimentar, o que estamos ensinando às nossas crianças? Que saúde não é prioridade. Que a vida é uma corrida contra o cansaço, quando, na verdade, é o sedentarismo que nos esgota.

Mas a boa notícia é que o contrário também é verdadeiro. Quando os pais se exercitam, cozinham alimentos de verdade, se levantam do sofá e se propõem a fazer caminhadas, andar de bicicleta ou brincar ao ar livre com os filhos, estão ensinando que o corpo precisa de cuidado e que saúde é um valor, não um sacrifício.

Repito: o exemplo começa em casa.

Não espere uma emergência médica para mudar, não espere seu filho ser diagnosticado com hipertensão ou obesidade para agir. Movimente-se agora!

Comece com pequenas atitudes como trocar o refrigerante por água, trocar o elevador pela escada, uma hora de tela por uma hora no parque, e por aí vai.

Leve seu filho para a rua, mas vá junto! Faça por você, mas também por ele.

Família saudável se constrói em movimento.

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